Amor, de José Luiz Furtado, deflagra imediatamente uma questão: como o amor é um dos temas mais corriqueiros da cultura contemporânea - não tendo sido necessariamente um tema dominante em todas as épocas históricas, mesmo no Ocidente -, é difícil à primeira vista imaginar o que a filosofia pode acrescentar a um assunto já abordado por todos - da música popular à poesia, passando pelo cinema e pelas conversas de bar e de chats da internet. Mas justamente por isso, a filosofia pode dar ao tema um vigor renovado, distante, portanto, da grande redundância que o envolve na música popular e na poesia, passando pelo cinema e pelas conversas de bar e de chats da internet... Se o amor é um tema vital, abordá-lo de forma inteligente é, além de inteligente, vital. Este livro, portanto, o aborda não apenas de modo inteligente, como abrangente, mapeando a história do amor desde a filosofia grega (e o mito de Eros) até o surgimento moderno do amor romântico e sua permanência na cultura contemporânea.