A anatomia palpatória vem resgatar um outro olhar... a partir do tato. Pois o tato gera uma imagem composta de outros elementos, e reintroduz uma dinâmica. O intercâmbio dos sentidos é algo freqüente; a formação da imagem, também, pode se dar a partir do pensamento e da voz, das contrações da musculatura involuntária, da fotossensibilidade da pele etc. A anatomia palpatória vem resgatar, também, a semiologia da dor, o mais subjetivo dos sinais, para obter a sua localização precisa, suas modalidades de irradiação. Muitas vezes, o trajeto é a memória da dor em si, cuja causa já se desvaneceu há tempos. Onde doeu, e de que maneira o paciente se defendeu? Nesse ponto, o osteopata procede como o psicanalista: a história das defesas contra a dor pode ser a chave do diagnóstico.