Embora os primeiros “ombudsmen” – termo que designa os representantes dos leitores nos jornais dos Estados Unidos – do jornalismo americano tivessem aparecido nos anos 60 do século XX, o New York Times, no entanto, recusou firmemente durante mais de três décadas contratar também um, invocando a suposta obrigação dos seus próprios editores de representar os leitores.No entanto, em 2003, após uma longa série de delitos jornalísticos cometidos pelo jornalista Jayson Blair no The New York Times, o diretor, Howell Raines, foi afastado. No próprio dia em que entrou em funções – 3 de Julho de 2003 – o novo diretor executivo, Bill Keller, anunciou a criação do lugar de provedor do leitor.Assim, em Setembro desse ano Daniel Okrent é convidado para o cargo, que aceitou.Este livro é uma antologia dos artigos que Okrent publicou no The New York Times durante o tempo que exerceu essas funções (de Outubro de 2003 a Maio de 2005), escritos nascidos de investigações ou objeções que recebeu dos leitores ou de pessoas que tinham sido referidas pelo jornal.Trata-se assim de uma obra de reflexão sobre a ética e o papel do jornalismo na sociedade.