Uma das muitas qualidades da obra é lembrar, insistentemente, que foram mulheres e homens de verdade, e não semideuses mitológicos, que partiram forçados para tentar vencer no Novo Mundo a batalha que haviam perdido no Velho. Ou seja, que o mundo colonial ítalo - gaúcho foi construção de centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras anônimos, de todas as idades, que lutaram pelo direito de construir, apoiados no trabalho familiar, um destino para si e para os seus. A obra constitui o balanço de uma etapa e o início de outra. Após sua leitura, dificilmente nos voltaremos a estudos imigratórios sem realizar a separação entre história e mito proposta, com sensibilidade, pela autora.