Para aquele que se acostumou a buscar certezas, os últimos desdobramentos jurídicos-sociais podem parecer frustrantes. Se, de um lado cada vez mais percebemos as vastidões conceituais que nos fogem à imaginação, de outro mais e mais precisamos nos conscientizar dos limites de nossas próprias visões. Não deixa, então, de ser paradoxal imaginar que o Estado assumirá sempre este papel de Pitonisa normativa (tudo antecipando) e de buraco negro regulatório (tudo atraindo e absorvendo). Há espaços de autonomia cujo tratamento precisará de outra abordagem A Telemedicina ocupa justamente um destes espaços. A rapidez com que a tecnologia viabiliza novos tratamentos e abordagens só agrava a dificuldade para compreendermos plenamente as técnicas, seus limites e consequências. As incertezas e as complexidades apenas agravam os desafios que nos são impostos. É por isso que o grupo de juristas reunidos neste projeto se propôs, então, a pensar a Telemedicina a partir da premissa (...)