Desde Eu e Tu (1923), o pensamento da responsabilidade do homem pelo seu próximo, seu tu, percorre todas as obras do filósofo Martin Buber. Tu, o próximo, é cada ser humano, mas também cada objeto: a postura que, aplicada ao outro ser humano, significa participação responsável em seu ser, em sua vida, em sua alegria, em seu sofrimento: o homem pode concretizar essa postura em qualquer situação que se encontre, em cada "pedaço de mundo" no qual ele se encontre. Em O Caminho do Homem, a apresentação do evento dialógico entre homem e homem, homem e mundo, homem e Deus, há aquilo que é comum a toda obra filosófica e pedagógica de Buber: o diálogo sobre a Bíblia e sobre o chassidismo. Ou seja, o testemunho filosófico de que para ajudar o próximo e ser ajudado precisamos viver num mundo permeado pelo diálogo franco, a comunicação correta de nossas intenções e a sinceridade ao falarmos com nós mesmos.