A partir de uma comunidade escolar majoritariamente negra, o racismo institucional é percebido como naturalizado e entranhado nesse cotidiano, só os estudantes o percebiam e o apontaram: Uma vez foi comigo! Que me xingaram por causa da minha cor. A escola do Brejinho entrelaça-se à trajetória da autora em 2013, quando ela se muda para Cuiabá, a fim de cursar o mestrado em Educação. A escola, criada em 1985, até o ano de 2013 nunca havia recebido uma reforma; os estudantes não se comprometiam com o bom andamento da escola; os docentes estavam visivelmente frustrados e desmotivados; e o Ideb da escola foi zero, por duas vezes consecutivas. Esta obra pretende demonstrar como o racismo e seu caráter exploratório e segregante são partes estruturantes da construção da sociedade brasileira, assim como esse entendimento pode desencadear ações antirracistas com as quais se pode alcançar uma transformação dessa mesma sociedade.