Este livro traz as peças essenciais de um de­bate que envolveu Rousseau e os filósofos na segunda metade do século XVIII: a função social dos espetáculos e do teatro em particular. A disputa teve início em 1757, quando o filó­sofo e matemático D’Alembert publica na Enci­clopédia o verbete Genebra, lembrando a impor­tância do teatro, e sugere a revogação das leis que proibiam sua instalação naquela cidade. Opondo-se ao etnocentrismo dos enciclope­distas, Rousseau lança, no ano de 1758, a Carta a D’Alembert sobre os espetáculos. Na Carta, o ci­dadão de Genebra sustenta que o espetáculo teatral não é bom em si mesmo. Rousseau insis­te na especificidade da tradição cultural de Ge­nebra e exalta as festas cívicas da cidade. Em 1759, aparece a tréplica de D’Alembert, uma reafirmação dos postulados iluministas, que também está presente nesta edição.