Água de Passarinho é resultado de uma produção esparsa, quase inorgânica. Poemas captados entre os anos 2008 e 2010, os quais se somaram a alguns outros já publicados na década de 80. A inclusão desses poemas pode ser a tentativa de unir pontas partidas de um fio condutor. O orgânico. Os poemas livres são resultados da observação direta pela janela aberta por nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quitanda, Edgar Allan Poe, Cora Coralina, João Cabral, Raul Bopp, Antônio Fraga, Shakespeare, Noel Rosa, Chico Buarque, Cartola, Adoniran Barbosa e outros. Os sonetos são o resultado de uma carpintaria de treinar os passos, a prosódia, a música. Nas duas partes do livro, muitas citações que fazem de água de Passarinho, também, um espécie de caderno de viagem.