Eliana Luiza Barros sintoniza recortes fundamentais da clínica psicanalítica contemporânea com pontos nevrálgicos da poesia de Florbela Espanca: a dor de existir, o empuxo à morte, a necessidade visceral de pôr palavras onde elas faltam. A poesia de Florbela surge então atual e universal, tratando de um mundo em que os enigmas da vida requerem continuamente que o ser humano erga sua força de vida contra a morte que a esvazia de sentido e, paradoxalmente, dá sentido a ela. Marco Antonio Coutinho Jorge. A inquietude de estar no mundo é o mote deste trabalho que nos apresenta a trajetória da poetisa portuguesa Florbela Espanca, por meio de fragmentos seletos de sua obra que bem expressam a complexidade do jogo entre amor e dor na existência humana. Eliana Luiza Barros, enquanto passageira da voz alheia, convida-nos a um belo trajeto, no qual conjuga seus achados literários com reflexões psicanalíticas acerca das funções da escrita, da paixão e do gozo, inspirada pela indicação de [...]