Na história do sindicalismo brasileiro, o operariado metalúrgico sempre teve lugar de destaque. [...] Mais recentemente, teve papel proeminente na criação e vida das centrais sindicais e, em particular, na luta por um sindicalismo de classe, autônomo e independente. Mas foi também, com frequência, ethos para a perpetuação de uma vertente sindical atrelada, burocratizada e dependente do Estado. Assim, variando da ação autônoma e de classe, por um lado, ao peleguismo atrelado, de outro, os sindicatos dos metalúrgicos são parte viva da história e do presente da classe trabalhadora. [...] Dada a nova morfologia do trabalho e de seus organismos de representação sindical, os metalúrgicos ainda podem ser considerados como o núcleo mais avançado dentro do sindicalismo brasileiro? A leitura deste livro por certo ajudará na difícil resposta a esta indignação.