O sistema educacional brasileiro tem se mostrado incapaz de dar conta de sua missão histórica: garantir o direito dos alunos de aprender bem. Na esfera pública, onde estudam 90% dos alunos no ensino fundamental, a situação é alarmante, pois, ao contrário do discurso oficial, não resolvemos a escolarização obrigatória: na população entre 15 e 17 anos, a taxa de conclusão ao fim da primeira década do milênio era pouco mais de 50%. O que se oferece na escola pública é algo fora de propósito, como regra. Embora com exceções, nossa política educaciconal está marcada pela pecha da oferta pobre para o pobre, tanto assim que professores públicos, quando podem, colocam seus filhos no sistema privado. Esta e outras afirmações são comentadas, debatidas e analisadas pelo autor, com a autoridade de quem dedicou grande parte de sua vasta carreira acadêmica na área educacional e que publicou mais de 90 livros, a maioria deles sobre sociologia da educação. Para a elaboração deste livro o autor retoma um texto de comentários feito por ocasião da análise do Plano Nacional de Educação em sua versão mais recente. ¿Ao priorizarmos o mais importante, concedemos, primeiro, que, não se podendo dar conta de tudo, procuramos, pelo menos dar conta do mais importante¿, afirma o autor, justificando o título da obra que ora se apresenta. Obra destinada a cursos de pedagogia e licenciatura, pós-graduação em educação e correlatos, secretarias de educação estaduais e municipais e programas de formação permanente de docentes.