2016 carrega expectativas desconcertantes quanto ao futuro das políticas sociais, sobretudo aquelas de gestão federativa como a saúde e a assistência social. O ajuste fiscal arranca as possibilidades de avanços nas atenções sociais executadas por municípios sob financiamento federativo. É preciso estimular nossa sabedoria para provocar meios que se confrontem com essa conjuntura destrutiva. Este livro, é um estimulo nessa direção. Doze pesquisadores examinam a gestão do SUAS em municípios do Estado do Rio de Janeiro e seus resultados nos mostram uma nova fase de um sistema que sequer único mas não uniforme: é preciso incorporar a diversidade das cidades brasileiras. A construção nacional para que responda ao real não pode ser homogênea. A direção unitária é a do alcance do direito do usuário do SUAS a ampliar sua proteção social. Todavia, resquícios de modos de proteção subalternizantes transitam pelos caminhos do SUAS. A bussola da gestão republicana é o norte com que os pesquisadores nos orientam. (Aldaiza Sposati).