Este livro O branco ante a rebeldia do desejo: um estudo sobre o pesquisador branco que possui o negro como objeto científico tradicional, é uma pesquisa sobre a branquitude e objetiva analisar o branco pesquisador que estuda o negro, a cultura, o universo negro etc. A questão central é a seguinte: por que o branco pensa o Outro e não em si? Ante a esse propósito, optei pela técnica da entrevista, visto que foi a forma mais direta que encontrei para colher a informação que pretendia. A pesquisa que realizei foi qualitativa e fiz o uso das análises de discurso e de conteúdo para colaborar com a interpretação dos dados. Vossa Excelência, o branco é a figura fundamental deste trabalho. Na primeira parte, procurei conhecê-lo por meio de uma análise histórica e também no contraste com o negro. Além disso, realizei uma autorreflexão com base no pressuposto de que o conhecimento científico possui uma característica subjetiva. Na segunda parte abordei algumas características culturais e psicológicas da branquitude contemporânea e dialoguei com os acadêmicos que entrevistei. Em nossa interação, tratamos de temas e problemas das relações raciais, sem deixar de perder o foco da problemática principal. Durante a pesquisa, optei também por entrevistar o pesquisador branco que estuda o próprio grupo. A minha intenção foi conhecer sua perspectiva a respeito do seu colega que pensa o Outro, levando-se em conta que ele pensa em si. Por causa do perfil diferente de pesquisadores, surgiu um pequeno contraponto a respeito do problema racial. Para o primeiro (grupo de pesquisadores) seria um problema do negro, enquanto, o segundo, considera como um problema do branco. Quanto ao arcabouço teórico, dialoguei com a teoria nacional e internacional referente à raça, com maior ênfase aos estudos referentes à branquitude. A mais, fiz uso dos estudos descoloniais e da epistemologia clássica branco-cêntrica. (Apresentação do autor) O estudioso e pesquisador de cor branca no Brasil é [...]