Ana Luzia Oliveira é palavra para o que não se escreve ante a altares sacros Sua poesia é um convite ao sacrilégio da língua Mutante Ardente Indecente! Sua poética deita num transcorrer explícito, líquido e fluxo que dispensa confissões e penitências. Uma ousadia à margem das normas. Versa em desobediências! Ignora a meia-luz! Desnuda hipocrisias e fala! Fala despudoradamente o que não precisa de pudor algum. Ná Silva empresta arte ao traço que traduz rodapés de (re)existência! Digitais de escritas em teias fêmeas subversivas contra muros de silenciamentos. Ana Luzia e Ná nos trazem, na coloquialidade que pressupõe qualquer prazer, a porta aberta de mulheres que derrubam muros e fazem nascer primaveras eróticas e fecundas na estação das sombras. Erótica é a voz da pele de quem não se sabe caber, tampouco caber nas quatros paredes da página em branco. Erótica é a polifonia das fendas que não se amarram. Por isso, Ana Luzia Oliveira e Ná Silva se derramam neste (...)