Hoje, para além dos operadores do Direito, é de se dizer que somos todos, independentemente de formação jurídica, "atores constitucionais". "Law in action", "Living Constitution", "Popular Constitutionalism", são conceitos relacionados, encontráveis além de nossas fronteiras para explicar o direito aplicado, a constituição mutável e a constituição vivida. A constituição mutável informa o direito aplicável e decorre do direito vivido. Por outro lado, o direito vivido é, também, em alguma medida, direito aplicado, dado que seu fundamento de legitimidade assim o exige. Os textos que compõem a presente coletânea propõem-se a dialogar com es­sas ideias, esses conceitos - direito aplicado, constituição mutável e direito vivido. Afinal, trata-se de artigos/ensaios que mostram imperfeições e insuficiências do direito teorizado, atentando, ainda, para o fato de que cidadãos podem se reconhecer enquanto membros de uma comunidade política a qual são capazes de constituir, tornando-se, assim, agentes políticos, agentes constitucionais, agentes constituintes. Tratam-se, os textos desta obra coletiva, de leituras sobre discursos em torno de direitos fundamentais, leituras feitas à luz de potencialidades positivas de nossa prática constituinte. São leituras que trazem, para além de discursos prescritivos, discursos propositivos, oferecendo ideias sobre como poderiam melhor funcionar as nossas instituições. Os artigos/ensaios que ora se traz aos leitores foram escritos por Mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Direito do Centro Universitário do Brasil, e resultam de reflexões havidas ao longo dos dois anos de Curso na Instituição. Têm-se, aqui, textos marcados por profunda veia propositiva, que é o que se espera, justamente, de debates acadêmicos determinados à busca de soluções prático-jurídicas para os problemas que impedem, ou atrasam, o desenvolvimento nacional.