A inteligência é flexível, elástica, plástica e suscetível de mudança a qualquer momento. Se uma pessoa se revela falha em determinadas operações de inteligência, como a de aprender a ler, não cabe tomar isso como uma fatalidade genética e sim como um desafio a mais para o mediador em sua interação com o mediado. Esse é o princípio da mediação e pressupõe que também o mediador se modifique, que a sociedade se modifique. Reuven Feuerstein construiu uma teoria fundamentada nisso, aqui exposta e analisada por três autoras especialistas. Ela abre perspectivas de uma intencionalidade positiva para muitos, ajudando a superar impasses educacionais que desde sempre têm prevalecido. E apresenta similaridades com as idéias de mestres como Piaget e Paulo Freire.