Os poemas de Cristiano Menezes soam simples, quase como improvisos de um músico boêmio no final da noite; às vezes curtos e sucintos, às vezes fluem como prosa, crônicas urbanas vestindo rimas, equilibrando-se entre densidade e leveza para revelar o inesperado, o som oculto, o sabor da palavra virando ideia. Guardanapos é daqueles livros que dá vontade de ler em voz alta, de ouvir, de sentir falado, de anotar depressa no guardanapo antes que se apague da memória, de gravar o som das palavras antes que o dia anoiteça. Descobrir um livro desses é como encontrar um amigo. É como a certeza que se esconde dentro do riso: de ver que a poesia mora aqui bem perto, em nossa vida, e nos acompanha infinita.