Professor e pesquisador da área da saúde, Giovani Favero tem muitas outras habilidades. Disputa competições de natação, toca violão, cozinha e escreve. Estas múltiplas facetas revelam uma alma inquieta, que mantém uma relação visceral com a vida, quesito fundamental para quem quer apreender algo pela palavra. É nos pequenos episódios do cotidiano que o escritor encontra as sementes da ficção. Neste seu segundo livro de contos, Giovani mantém a sua preferência por narrativas curtas, mais do que curtas, meteóricas. São textos que dão conta, em poucas linhas, de fatos isolados e também de longos períodos existenciais dos personagens. Além de breves, brevíssimas, as narrativas são aceleradas, pois o autor chega ao gol com poucos toques na bola. Tudo acontece vertiginosamente nestes textos, como se a vida tivesse urgência de seguir adiante. Há, de um conto para outro, uma sucessão de temas os mais variados, que produzem certa vertigem.