Duas meninas com o mesmo nome - Eva -, uma em África outra em Portugal, vindas de lados diferentes do livro, contam seu cotidiano: brincadeiras, amigos, alimentação, escola, costumes, moradia... Situações que pontuam as diferenças, mas que não impedem o encontro das duas em um lugar comum: a televisão. Eva, resultado do trabalho de pesquisa em Moçambique, onde Margarida morou durante 1 ano em um campo de refugiados, apresenta um projeto gráfico diferente (nas páginas quádruplas centrais, há um jogo), em que a autora promove um encontro de nações representadas por suas crianças, que ao confrontar realidades socialmente diferentes, abstém-se de qualquer julgamento. Eva é um livro que, distante de intenções panfletárias, celebra as diferenças, confirmando que a vida é mesmo "a arte dos encontros, mesmo que haja tantos desencontros".