A problematização das relações entre o capitalismo monopolista, a atuação do Estado Nação e a Educação, nas últimas décadas, revela contradições manifestadas em utopias, ilusões, desilusões e esperanças. As profundas mudanças sociais e os seus impactos - em uma sociedade movimentada pelas crises cíclicas oriundas do capital e suas formas de reprodução -, apontam conflitos, reinvenção de formas de exploração, concordâncias e resistências que se expandem pelo planeta. Questiona-se o papel do Estado Nação, sua relevância e seus princípios. Vozes apressadas decretam a sua falência por não atender aos interesses restritos do mercado. Vozes progressistas enfatizam a sua centralidade dando ênfase a sua dimensão pública como estratégia para, por meio do Estado, atingir ao povo. Na recomposição internacional de estratégias para a acumulação do capital, o Estado Nação - especialmente aquele vinculado aos países subordinados em termos da divisão internacional do trabalho - assume outro papel político. Ele não perde a sua centralidade, mas desempenha a função de gestor de interesses transnacionais em detrimento dos nacionais. Quais são os desdobramentos sociais oriundos desse processo? Seria possível a inserção social e melhoria das condições de vida de milhares de seres humanos, em um período marcado pela exclusão social e precarização das condições de vida? Quais as perspectivas para a educação e a formação humana? Estas questões se apresentaram nas últimas décadas e são discutidas neste trabalho.