A história do Engenho Central de Lorena e de seus empreendedores, especialmente o conde de Moreira Lima, ilustra o processo de modernização da produção agrícola brasileira e revela as relações entre a grande produção para o abastecimento interno: essa lavoura moderniza em larga escala pelos engenhos centrais destinava-se principalmente o abastecimento interno da Província de São Paulo, em pleno crescimento, estimulado pelo café.O estudo deste livro mostra a aplicação, pelos fazendeiros, dos incentivos oferecidos pelo Governo Imperial, como financiamentos, garantias de juro e núcleos coloniais, indicando os limites dessas políticas, frente as oscilações sazonais e alterações de mercado. As políticas de imigração, em geral estatuadas no âmbito da cafeicultura, foram também usadas pelos Engenhos Centrais.Para o provimento de cana, a Companhia Engenho Central de Lorena conseguiu, junto ao governo provincial, a criação, em 1885, de um núcleo colonial para o fornecimento à companhia. Em 1892, foi criado outro núcleo, Pianguí, em Guaratinguetá, que também forneceu canas ao Engenho Central de Lorena. O livro aponta novos e instigantes temas para o estudo da modernização e da produção açucareira em São Paulo.