O Teste do Pezinho é obrigatório em Hospitais e Unidades de Saúde após o nascimento, sendo realizado para o diagnóstico de algumas doenças, entre elas a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não tratadas precocemente podem levar à deficiência mental. Já o Teste da Orelhinha, realizado para o diagnóstico da deficiência auditiva, é obrigatório em apenas alguns municípios, sendo que este diagnóstico tardio acarreta danos irreversíveis no processo educacional - a audição normal é essencial para o desenvolvimento da fala e da linguagem oral nos primeiros seis meses de vida. Segundo o Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância, dentre as doenças passíveis de triagem ao nascimento, a deficiência auditiva apresenta uma alta incidência: 30 para cada 10.000 nascimentos. Já a incidência da fenilcetonúria é de 1:10.000; do hipotireoidismo congênito é de 2,5:10.000; da anemia falciforme é de 2:10.000. No Brasil, a idade média do diagnóstico da deficiência auditiva varia em torno de três a quatro anos de idade, podendo levar até dois anos para ser concluído. Conheça neste livro o panorama nacional referente à legislação sobre a Triagem Auditiva Neonatal (TAN). As autoras Tania Tochetto (Professora Doutora da Universidade Federal de Santa Maria) e Eliara Pinto Vieira (Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de São Paulo) fizeram um vasto levantamento sobre o tema. Se em seu Município ainda não existe a obrigatoriedade da realização deste exame, conheça o trajeto percorrido por outros, onde todos os recém-nascidos já estão sendo obrigatoriamente triados e encaminhados.