Nono livro de Sérgio Sant’Anna e romance sem-par na literatura brasileira, Amazona ganha nova edição com posfácio de André Nigri.Publicado pela primeira vez em 1986, Amazona foi recebido com espanto pelo público. Este retrato transgressor sobre a libertação da mulher não só destoava da produção literária da época, mas acertava em cheio as questões políticas do país, que dava os primeiros passos em direção à transição democrática. O mito grego das mulheres guerreiras é a metáfora que conduz o livro, que narra a ascensão da bela Dionísia, uma típica esposa da classe média carioca, ao poder — primeiro como modelo de revista erótica e depois como uma proeminente figura política do Brasil dos anos 1980. Fazendo uso dos melhores artifícios da ficção, Sérgio Sant’Anna põe lado a lado o mais fino das ironias e digressões machadianas e os elementos vitais dos romances de folhetim — sexo, drogas, chantagens e intrigas políticas — e cria uma obra que permanece única mesmo depois de três décadas de seu lançamento.