Numa narrativa vigorosa, que mostra a originalidade e a força da escrita de Marilia Arnaud, paraibana que já participou de diversas coletâneas de contos, as vozes da infância e da vida adulta de Duína se entrelaçam e se confundem. O livro é o relato de uma mulher que deve lidar com o sentimento de abandono. A busca pelo amado João Antônio e as especulações em torno de seu destino levam Duína a um estado de semienlouquecimento. A mente já frágil e o choque do abandono a conduzem às reminiscências de quando passou pela mesma dor e pelo mesmo sentimento: quando criança, Duína, seu pai e irmão foram deixados pela mãe. O romance se alterna entre dois tempos: a busca de Duína por João Antônio e as lembranças do desaparecimento da mãe. Duína criança e Duína adulta são a mesma pessoa e a segunda jamais se recuperou dos traumas sofridos pela primeira. A autora traça um retrato do frágil estado emocional da protagonista, que se fecha para o mundo depois que o amado simplesmente se ausenta. Ausência que reforça o sentimento de perda permanente sofrido com o sumiço da mãe. Suíte de silêncios é o relato sobre o passado, sobre lembranças. Como diz a protagonista: Não contaria essa história se soubesse o que fazer com minhas lembranças, se fosse capaz de me livrar delas. Mas, de verdade, não é isso que desejo.Numa narrativa vigorosa, que mostra a originalidade e a força da escrita de Marilia Arnaud, paraibana que já participou de diversas coletâneas de contos, as vozes da infância e da vida adulta de Duína se entrelaçam e se confundem. O livro é o relato de uma mulher que deve lidar com o sentimento de abandono. A busca pelo amado João Antônio e as especulações em torno de seu destino levam Duína a um estado de semienlouquecimento. A mente já frágil e o choque do abandono a conduzem às reminiscências de quando passou pela mesma dor e pelo mesmo sentimento: quando criança, Duína, seu pai e irmão foram deixados pela mãe. O romance se alterna entre dois tempos: a busca de Duína por João Antônio e as lembranças do desaparecimento da mãe. Duína criança e Duína adulta são a mesma pessoa e a segunda jamais se recuperou dos traumas sofridos pela primeira.