O Livro do armazém apresenta a transcrição de um minucioso registro contábil de operações comerciais ocorridas principalmente em Piracicaba (SP), à época Vila Nova de Constituição, entre 1850 e 1854. Muito provavelmente relacionadas a um armazém de secos e molhados, as operações sugerem que o proprietário do estabelecimento fosse Antonio Carlos de Arruda Botelho, futuro conde do Pinhal, mencionado em diversas passagens como o principal operador das transações, também realizadas em Araraquara e outras localidades. O armazém supria de produtos diversos a população da vila e de suas proximidades, e as anotações de sua atividade cotidiana ilustram fatos típicos do comércio do período. Esta edição inclui ainda a transcrição da valiosa carta de um ex-escravo, Felicio; um estudo introdutório que contextualiza historicamente o manuscrito, e notas e apêndices esclarecedores. Torna-se, assim, rica fonte de pesquisa para historiadores e outros estudiosos da segunda metade do século XIX no Brasil. Os manuscritos do Livro do armazém pertencem ao acervo do Centro de Estudos da Casa do Pinhal, e podem ser acessados pelo site www.casadopinhal.com.br.