Mesmo sem um domínio técnico de sua significação ou características, lavagem de dinheiro é uma expressão cuja percepção (ainda que abstrata) gera inquietação social. Sua ocorrência na condição de fenômeno social é (em unívoco) altamente valorada pelo corpo político como uma mácula comprometedora das relações sociais locais e globais (já que seus efeitos não encontram limites territoriais no mundo globalizado). Por trás de sua singeleza gramatical e aparente simplicidade cognitiva há, todavia, uma conjunção de atos e procedimentos que a tornam fenomenologicamente complexa, razão pela qual a sua contenção como problema público demanda ações governamentais cuja complexidade deve transcender ao plano normativo, abrangendo, sobretudo, dimensões institucionais e operacionais. Do contrário, a política pública elaborada para enfrentar tal nódoa estará fadada ao fracasso. Embasada em tais premissas analíticas, a presente obra proporciona ao leitor os subsídios necessários para compreender: (i) o que é a Lavagem de Dinheiro; (ii) quais são as diretrizes elaboradas e implantadas pelo Brasil para combate-la; (iii) qual é a efetividade dessas medidas.