Esta obra aborda elementos da antropologia agostiniana sob o prisma da relação do homem com Deus e está articulada em três capítulos. O primeiro analisa a oração que introduz a obra Solilóquios, de Agostinho, vendo nela uma expressão de como Deus se manifesta ao homem como criador e administrador providente de sua obra, e em resposta como o homem se entende como imagem e semelhança de Deus, chamado a posicionar-se livremente diante dEle. O segundo capítulo analisa a interpretação agostiniana da Parábola do Filho Pródigo, apresentada por Agostinho como paradigma da relação do homem com Deus. Deus aparece como um Pai misericordioso que, diante do afastamento (aversio) do filho, envia seu próprio Filho como possibilidade de retorno (conversio) do homem a Deus. Finalmente, o terceiro capítulo analisa o conceito de humanidade original, anterior ao pecado, entendida por Agostinho como a verdadeira expressão da natureza humana.