Com a globalização, ei-nos projetados para o pós-cidade, para o pós-urbano. Na Europa, estávamos habituados a ver a cidade como um espaço circunscrito no qual se desenvolve uma vida cultural, social, política, tornando possível uma integração cívica dos indivíduos... Somos agora confrontados de um lado com metrópoles gigantescas e sem limi­tes, e de outro com o surgimento de entidades globais, em rede, cortadas de seu ambiente. A reconfiguração que ora ocorre suscita inquie­tação: iremos assistir ao declínio irremediável dos valores urbanos que acompanharam a história ocidental? Prevalecerão inelutavel­mente a fragmentação e o estiramento caó­tico? Estaremos condenados a lamentar a polis grega, a cidade do Renascimento, a Paris das Luzes, as grandes cidades industriais do sé­culo XIX? Relembrando os elementos distintivos que compõem a experiência da urbe, Olivier Mongin assenta os fundamentos de uma reflexão atual sobre a condição urbana. Vi­vemos numa época na qual a informação se troca de forma imaterial, mais de acordo com os fluxos do que com os lugares: como, nessas condições, refundar e reformular es­paços urbanos de acordo com nosso tempo?Com a globalizacao, ei-nos projetados para o pos-cidade, para o pos-urbano. Na Europa, estavamos habituados a ver a cidade como um espaco circunscrito no qual se desenvolve uma vida cultural, social, politica, tornando possivel uma integracao civica dos individuos. Somos agora confrontados de um lado com metropoles gigantescas e sem limites, e de outro com o surgimento de entidades globais, em rede, cortadas de seu ambiente. A reconfiguracao que ora ocorre suscita inquietacao - iremos assistir ao declinio irremediavel dos valores urbanos que acompanharam a historia ocidental? Prevalecerao inelutavelmente a fragmentacao e o estiramento caotico? Estaremos condenados a lamentar a polis grega, a cidade do Renascimento, a Paris das Luzes, as grandes cidades industriais do seculo XIX?