A tese fundamental de Tarcísio Padilha surge aos meus olhos com um gesto comovedor, que repousa firmemente na hospitalidade, a mesma atitude que surge das obras de Louis Lavelle. Não vejo definição mais adequada ao seu labor filosófico. Leitor das correntes platônicas e aristotélicas, além dos grandes sistemas do pensamento clássico, o ecumenismo de Padilha atenção: não falo aqui de ecletismo! reveste-se do impacto da modernidade. Com todos os desafios, na encruzilhada do tempo com a eternidade. Tarcísio Padilha não trata das filosofias do século XX como desastres, capítulo de teratologia ou museu de cera, segundo a percepção integrista de certos metafísicos selvagens. Para ele, é na história da filosofia que se percebe melhor o ponto de encontro do relativo com o absoluto no que tange às indagações do espírito humano. O relativo exprime a dívida de cada pensador com a sua época