O presente trabalho tem por objetivo uma reflexão acerca do futebol brasileiro neste século XXI, relacionando o papel do treinador como agente transformador às entidades envolvidas neste mercado (confederação, federações, clubes, torcida, atletas e a mídia de modo geral). O foco principal é identificarmos o perfil do treinador de futebol para este início de século, tendo como referencia os três tipos de treinadores existentes no Brasil em nossa concepção, ou seja, o treinador tradicional, empírico, que foi jogador; o treinador acadêmico, fundamentado cientificamente, porém que não foi atleta e por outro lado o terceiro tipo, aquele treinador acadêmico, fundamentado cientificamente e que foi jogador profissional. Há uma idéia generalizada de que o treinador de futebol não “ganha jogo”, mas “perde jogo”, reduzindo a importância do treinador no processo de construção de um time de futebol.. Sendo assim, buscaremos contextualizar a realidade econômica, política, social e cultural da classe profissional de treinadores, entendendo como o trabalho do treinador é valorado pelas entidades envolvidas no futebol (clube, torcida e mídia), para então, demonstrar em tese, o trabalho do treinador na construção do resultado. A partir dai, buscaremos identificar um novo paradigma na valoração deste profissional. Entendemos que o futebol se transformou num business, num negócio multimilionário, em que o profissional responsável pelo resultado último deste negócio, o futebol jogado, o espetáculo, deverá ter em seu perfil, além das características inerentes a função, uma formação capaz de pensar e gerir este negócio. Para isto, é necessário um profissional com formação integral para se transformar num gestor, num manager, num Head coach. É todo este processo de transformação clube-treinador que o livro buscará discutir.