Como a convivência com cavalos salvou um menino do autismo Quando Rowan foi diagnosticado como autista em abril de 2004, seu pai, o jornalista Rupert Isaacson, entrou em desespero. Ele sonhava com o dia em que o menino o acompanharia em excursões, caminhadas a cavalo e aventuras em terras distantes, e agora nem sequer sabia se eles seriam capazes de se comunicar: "Foi como se me tivessem golpeado o rosto com um taco de beisebol. Aflição, vergonha - uma vergonha estranha e irracional, como se eu tivesse amaldiçoado aquele menino, transmitindo-lhe genes defeituosos, e o condenado a viver como um alienígena". Em meio ao desespero para encontrar uma maneira de entrar no mundo de Rowan e já cansado das dezenas de tratamentos caros e ineficazes, Isaacson percebeu que o contato com os cavalos na fazenda de um vizinho começou a produzir melhoras significativas nas habilidades de comunicação de seu filho. E se fossem a um lugar diferente, onde a convivência com os animais e as terapias alternativas oferecessem a possibilidade de uma vida normal para Rowan? Em Uma cura para meu filho, o autor revela o que levou ele e a esposa a tomarem a decisão radical de viajar para um país distante na tentativa de resgatar o pequeno Rowan das profundezas do autismo. Juntos, viajaram para o outro lado do mundo para percorrer, a cavalo, as terras místicas da Mongólia atrás de curandeiros tradicionais e tratamentos xamanísticos que poderiam fazer aquilo que as terapias ocidentais não conseguiram: curar Rowan de sua doença, ou no mínimo amenizá-la. Apesar de desafios e dificuldades aparentemente insuperáveis, a viagem proporcionou avanços e lições surpreendentes a toda a família. "Ainda somos uma obra em andamento, como qualquer casal. A recuperação de Rowan nos abriu espaço para contemplar nossos objetivos comuns. Já não precisamos pensar em Rowan e seu autismo durante cem por cento do tempo. Podemos pensar em nós mesmos - uma das bênçãos da recuperação de Rowan. Seria recuperação uma palavra forte demais? Melhora talvez fosse melhor. Melhora, em vez de cura," confessa Rupert Isaacson. O autor conta também que em uma viagem a Cambridge para entrevistar o dr. Simon Baron-Cohen, provavelmente o maior especialista em autismo da Inglaterra, ouviu uma coisa importante: - É possível que no futuro - disse ele - a ciência questione cada vez mais se o autismo é uma coisa que precise ser curada. Talvez seja apenas um tipo de personalidade.Quando Rowan foi diagnosticado como autista em abril de 2004, seu pai, o jornalista Rupert Isaacson, entrou em desespero. Ele sonhava com o dia em que o menino o acompanharia em excursões, caminhadas a cavalo e aventuras em terras distantes, e agora nem sequer sabia se eles seriam capazes de se comunicar. Em meio ao desespero para encontrar uma maneira de entrar no mundo de Rowan e já cansado das dezenas de tratamentos caros e ineficazes, Isaacson percebeu que o contato com os cavalos na fazenda de um vizinho começou a produzir melhoras significativas nas habilidades de comunicação de seu filho. E se fossem a um lugar diferente, onde a convivência com os animais e as terapias alternativas oferecessem a possibilidade de auxiliar Rowan nas suas dificuldades, ou no mínimo amenizá-las?