Em O que não tem nome, a poeta colombiana Piedad Bonnett narra com honestidade contundente o suicídio de seu filho. Diagnosticado com esquizofrenia, Daniel batalhou por anos contra a depressão e a paranoia, consequências da doença e da dificuldade de nomeá-la. O relato autobiográfico tem início no apartamento de Daniel em Nova York cidade onde cursava um mestrado, poucas horas depois de sua morte. Com linguagem sóbria e objetiva, a autora relata o estupor do luto, as formalidades ligadas à perda e, acima de tudo, a luta desigual de um jovem contra a loucura.