"Há um sentimento 'diferente' nos velhos clássicos americanos. É a passagem da velha psique para uma coisa nova, um deslocamento. E deslocamentos doem." A afirmação é do escritor inglês D.H. Lawrence, autor de obras polêmicas como O amante de Lady Chatterley e Mulheres apaixonadas, que foram julgadas imorais por apresentarem o sexo como algo natural. Para ele, autores como Edgar Allan Poe, Herman Melville, Nathaniel Hawthorne, Benjamin Franklin e Walt Whitman realizaram uma ruptura na história da literatura e inauguraram uma nova linguagem. Lawrence defendia essa transformação, a desintegração da velha consciência e a criação de uma nova. Crítico da sociedade inglesa, nessa coletânea de ensaios publicada pela primeira vez em 1923, considerada um clássico da crítica literária, ele analisa a literatura americana para mostrar como tudo poderia ser mais leve, sem a constante preocupação em defender ideais, tão presente nos textos da época.