A liberdade sustentável é o direito de destruir a natureza, inerente ao desenvolvimento. Um direito equívoco, que emerge do conflito relacional entre o indivíduo e o meio ambiente natural. Insuscetível de coerção, desde que utilizado como forma de autoconservação do homem. Partindo da concepção de artifício humano, cunhada por Hannah Arendt como obra erigida entre dois polos os homens e a natureza , a fim de, dando utilidade à natureza (instrumentalizando-a, coisificando- a), minorar o fardo que é a condição de vivente, pode-se afirmar que a liberdade que se desvenda neste estudo a liberdade sustentável não se dá nem nos homens, nem na natureza. Mas, exatamente, neste mundo construído pelo homo faber entre esses dois polos que é denominado artifício humano. Isso se dá porque a liberdade sustentável não é algo natural. Mas também um construído, um diálogo axiológico entre liberdade e meio ambiente, a fim de viabilizar, concomitantemente, a conservação da natureza e dos homens.