Poesia é filha do acaso; arte de falar em forma superior; convite à viagem; regresso à terra natal, diz Octavio Paz em O Arco e a Lira, para, então, sentenciar: Poesia é coito. E do poema pergunto o que dizer? Respondo o poema é como o sexo: o começo e o meio são importantes, mas o fim é fundamental. O poema é mais que verso, não é encomenda que se faz. Fosse assim e chegaríamos às bodegas de minha infância, e pediríamos: Seu Lira, quero um poema alegre sobre a vida, e outro triste sobre a morte. Ah, ia me esquecendo, quero também, não posso ficar sem, um poema em homenagem a meu chefe. Esse meu Oirareniti e Outros Cometimentos é, para mim, espera e itinerário.