Sempre que penso em pétala, me permito olhar com amor para o processo divino e humano que é o despertar de uma flor para a vida. Toda pétala foi semente. Dias de escaldante sol. Dias de chuviscos refrescantes. Dias de vendaval. Toda pétala já enganou alguém: fez-se de plantinha, do verde ao colorido, da espera ao sagrado que a revela. Toda pétala foi flor: beleza frágil, colorido estonteante, aroma de amor. Thaís é flor. Foi germinada com muito amor. É essência poética e, por isso, suas palavras transbordam poesia. Às vezes, tenho a sensação de que a escrita dela não é desta época e, assim como a arte, transcende o tempo. Sol e calor deixam-na um pouco irritada; chuva demais, melancólica. Mas na primavera... Ah, ela desabrocha em versos! Cada poema deste livro pode ser flor e ter a cor e o cheiro que você quiser. Bem-vindo a toda sinestesia contida neste pedaço de papel! Desejo a você, leitor, sensibilidade para ler as entrelinhas. Não é fácil ser flor: o vento leva e os passos esmagam. Embora haja essa tragédia pré - -anunciada, o aroma e o colorido são sua fortaleza. Flores são fortes. Thaís é esta força. É pétala lançada ao vento. Livre! Sua Pétala, sempre de bem-me-quer, Carol Brito.