"Eis finalmente, e pela primeira vez, a concretização de um ambicioso projecto de Roland Barthes: acompanhar, na história da Humanidade, o processo do lento depósito do traço da escrita, signo monumental, matéria gravada ou pintada, até à composição do texto, de textos, até à emergência da leitura, do leitor, da fruição da escrita. Concebidos entre 1971 e 1973, subdivididos em rubricas e parágrafos que seguem um esquema homogéneo, O Prazer do Texto e Variações sobre a Escrita tiveram destinos diferentes: enquanto o primeiro teve logo um grande sucesso, o segundo, destinado a uma colecção italiana, só viria a ser publicado a título póstumo nas Oeuvres complètes de Barthes. Reler, hoje, estes dois textos na reconstrução histórica que aqui se propõe, tal como haviam sido concebidos, significa reencontrar as razões de uma 'prática infinita': a da memória e da fidelidade da escrita (...)." - Carlo Ossola