O livro "Medicação ou medicalização?" trata das causas e dos efeitos da utilização de medicamentos como bens de consumo. Organizada por Lucianne Sant'Anna de Menezes, Gisela Giglio Armando e Patrícia Vieira, a obra é uma publicação do Departamento Formação em Psicanálise, do Instituto Sedes Sapientiae, lançada pelo selo PSI da Primavera Editorial. "Medicação ou medicalização?" é resultado de questões abordadas no evento "Psicanálise, Medicalização e Sociedade", em que psiquiatras e psicanalistas foram convidados para falar acerca de "medicalização" - termo cunhado pela união das palavras "medicação" e "idealização". O lançamento do livro está marcado para o dia 14 de junho, sábado, às 16h, em São Paulo, na Livraria da Vila - Higienópolis. Na obra, propõe-se, partindo do ponto de vista da psicanálise, o resgate de vivências para a resolução de problemas por meio da escuta e não pelo uso maciço de medicações. Apesar dos inúmeros benefícios que o aprimoramento da indústria farmacêutica vem proporcionando para o tratamento de diversas doenças, há, atualmente, uma utopia criada pelo discurso midiático e ideológico em relação aos medicamentos, desvelando, assim, o discurso capitalista por trás dessa prática. Em 112 páginas, encontramos reflexões acerca da crescente "medicalização", em que o saber médico é idealizado e valorizado como solução para todos os problemas da vida, o que acaba por alienar o sujeito do saber sobre seu sofrimento, sua dor, suas vivências, seu desejo e, até mesmo, sua felicidade.