Escrever a biografia de uma pessoa desaparecida é como revirar escombros. Há que se ter cuidado ao remexer no que sobrou. Porque o desaparecimento é a mais cruel de todas as ausências. A morte, por pior que seja, oferece um ponto final. Mas a pessoa desaparecida permanece muito viva nos cantos remotos da alma de quem sobreviveu a ela, bem ao lado das cicatrizes abertas. Esse livro conta a história de Ana Rosa Kucinski Silva. Uma das 210 pessoas que ainda estão desaparecidas, desde a época da Ditadura Militar.