Sonia Rodrigues carrega as dores e as delícias de ser filha de quem é - seu pai é nada menos que Nelson Rodrigues, um dos maiores dramaturgos que a literatura brasileira já conheceu. Do pai também herdou a mania de encarar sua escrita como um ofício (tem 22 livros publicados) e a inspiração para uma personagem-consultora sentimental. A Amarylis de Sonia pode ser encarada (por que não?) como a Myrna criada por Nelson Rodrigues na década de 1950, só que, obviamente, uma Myrna do século 21, que abandona o politicamente correto em seus conselhos.