A cultura de violência na sociedade brasileira tem se mostrado impactante. É de ver-se que muitos dos delitos registrados tem por contexto a dinâmica das facções criminosas, o que levou ao questionamento dos reais motivos que concorreram para o surgimento, a expansão e o entranhamento das facções criminosas em território nacional, contribuindo para a conformação de um quadro de anomia, dadas as dificuldades do Estado na concretização de direitos fundamentais. A partir do ano 2000 observa-se o lançamento de sucessivas políticas e planos de segurança pública que objetivavam reverter referido quadro. Contudo, que até o presente momento, os avanços necessários não foram alcançados, já que a questão demanda foco não apenas em ações repressivas, mas, em ações sociais preventivas, integradas, coordenadas que envolvam todos os entes federativos, razão pela qual cumpre ver a importância da adoção do federalismo cooperativo no enfrentamento dos desafios impostos à segurança pública.