Marco zero I - A revolução melancólica tem apresentação de Di Cavalcanti e prefácio de Maria de Lurdes Eleutério. O primeiro volume da projetada pentalogia brasílico-paulistana, datado de 1943, a partir do fracasso da revolução de 1932 referida no título, traz um panorama de São Paulo: "O escritor mapeia o espaço paulista percorrendo a capital, o interior, o litoral. Viajamos pela geografia do Estado de São Paulo [...]. Também no tempo histórico empreendemos viagem, visto que Oswald está constantemente a inquirir a história. [O livro] revela o périplo oswaldiano por São Paulo, observando falas, contextos, inquietações de um numeroso e significativo contingente populacional de variada origem e condição social. Oitenta cadernos de anotações foram elaborados para compor os tipos e as situações que integram o romance [...] Oswald é hábil em nos fazer ir da sede da fazenda para a casa do bairro do Jardim América. Ou então, estando no bairro proletário do Brás, voltamos à Jurema, a pequena cidade ‘morta entre latifúndios". Uma de suas marcas estilísticas é, portanto, o registro de vários falares regionais e sociais.