Regina Quaresma cria uma poesia entre dobras e dobras do mais puro linho. É uma poesia que se abre em múltiplas camadas. Uma leitura apenas, mostra somente uma beleza primeira, mas não faz com que ela se entregue: ela exige mais vida. Sua beleza é uma conquista madura e contínua. Como o tempo sagrado e livre de uma Emily Dickinson, colecionadora de ecos, Regina cria um arsenal de ataque e defesa, um forte onde as balas chamam a vida. se reinventa, recria-se sur le fil como poeta do branco, tatuado na mesma precisão do humano. Como se soubesse que tudo se cria no que é em nós eternamente arrancado, a autora arranca no infinitamente doado o que em nós leitores treme e se instala como um ato de amor tatuado. Poemas Brancos e Estampados é uma bela e segura experiência com a beleza. Fragmentos da orelha realizada pela poeta Patrícia Laura Figueiredo.