"Dublê de filósofo e de tradutor, ao jogar com as palavras, o poeta recifra o vivido em outra chave: enigma verbal em que se condensa, com agudeza, o fluxo das emoções e um pensamento vigilante, afeito à ironia. É poesia paradoxal que deriva de uma percepção lingüística, mas brota antes do encontro de um ser sensível com o mundo, visto por ângulos desencontrados da contradição e do desencontro."