"O espaço como obra" é uma reflexão a respeito dos processos de criação e impacto social das ações dos coletivos artísticos MICO, Contrafilé, Frente 3 de Fevereiro e Política do Impossível (de São Paulo) e GAC (de Buenos Aires), que começaram a atuar em meados dos 1990. O intuito é compreender como as intervenções urbanas resultam e geram, ao mesmo tempo, uma rede de afetos e significados e evidenciam a emergência de uma subjetividade política contemporânea que passa, necessariamente, por discutir e concretizar políticas de representação, relação, subjetivação e modos de vida alternativos aos impostos pelo neoliberalismo. Joana Zatz faz uma investigação ativa e participante de diversos trabalhos realizados pelos coletivos na qual as ações/intervenções são pensadas em seu poder disruptivo, ou seja, em sua capacidade de presentificar acontecimentos que de alguma forma desestabilizem representações sociais e sensações prévias.