Charles Gardou nos apresenta seu trabalho: "uma sociedade não é um clube cujos membros podem se apropriar da herança social a seu proveito, para usufruir dela de maneira exclusiva e justificar, a fim de mantê-la, uma ordem que eles mesmos definiram. Também não é um círculo reservado a certos afiliados, ocupados em receber subsídios vinculados a uma 'normalidade' concebida e vivida como soberana(...). Uma sociedade não é mais um cenáculo onde alguns podem estipular para os outros, vindos ao mundo, mas impedidos de dele fazer parte plenamente: 'Vocês teriam os mesmos direitos se fossem como nós'. Não há carta de membro a adquirir (...); nem devedores, nem credores autorizados a colocar os mais vulneráveis em situação de dominação; nem mestres, nem escravos; nem centro, nem periferia".