Das páginas de Tempo comum saltam cheiros, formas e cores familiares e banais, testemunhas silenciosas do viver. São estes objetos do cotidiano - os espelhos, o pão, o besouro - que, mais do que inspirar, suscitam o desdobramento poético. Assim nascem poemas claros, que tocam o leitor, despertando-o para a vida oculta (e fascinante) dos objetos, palavras e sentimentos mais comuns. O quinto livro de Lucinda Persona consolida o seu talento como escritora e a sua maestria sobre as palavras. Com linguagem simples e cadência suave, Tempo comum afirma a força poética contida no mínimo, no detalhe. E presenteia-nos com um novo olhar sobre o mundo a cada leitura.