Alma de quintal Minha alma é como terra molhada depois da chuva no quintal tem cheiro de verdes ervas e o vermelho calor das pimenta... É um grande varal de roupas limpas cheirando a lavanda É um poço de fresca água um canteiro de menta É uma passagem secreta entre a sombra de velhas muralhas onde as heras se dissolvem em sombrio castelo medieval A minha alma é o tanque de velho cimento... As mãos que esfregam as roupas e se espetam nos espinhos das roseiras brancas de minha avó... As minhas dores se diluem por entre caminhos e sombras em nichos de segredo e silencio de uma alma de quintal alegre e imenso...