As injustiças sociais e a degradação ambiental têm raízes comuns. A poluição, o desmatamento e o aquecimento global atingem a todos, mas os impactos diretos da degradação são profundamente desiguais. As maiores cargas dos danos ambientais são destinadas às populações socialmente mais vulneráveis, refletindo a enorme concentração de poder na apropriação dos recursos ambientais. Os grupos sociais de menor renda são os que têm menor acesso ao ar puro, à água potável, ao saneamento básico e ao solo não contaminado. Além disso, têm menor capacidade de se fazerem ouvir nas esferas decisórias, o que agrava ainda mais os conflitos gerados pelos danos ambientais.